terça-feira, 30 de abril de 2013

Medéia sobre o seu cavalo

 Uma dança desmedida (Foto: Angelo Luz)
Medéia vem dançando uma dança de guerra na solidão do útero que deixei de possuir. Dentro do meu útero há uma torre, essa é Medéia – nuvens pesadas no céu que anunciam desgraça – malditos miomas que teimam em vibrar, a torre cai. Tudo é um amontoado que restou infértil, com dentes apinhados, espadas em riste e pelos, dos mais grossos.
Seus gritos de histeria vão certeiros na base da manipulação arquetípica do patriarcado. Não é mulher, não é homem, não é mãe, é devoradorx.




Foto tirada durante a Colômbia de Férias, da Casa Selvática- 2012 na oficina de Estética do          Desbunde, ministrada por Ricardo Nolasco. 



A foto é registro de Angelo Luz para uma dança xamânica em frente a Paróquia do Imaculado Coração de Maria, no Rebouças, feita por Stéfano Belo em sua primeira mostra de processo da pesquisa.
Nessa ocasião a rua Nunes Machado foi tomada por artistas que exibiam suas pesquisas em performance, mas tiveram durante as suas ações a interferência da polícia (O falo opressor da vez - Creonte/Jasão).
O acontecimento foi registrado pelo artista Angelo Luz e se encontra no documentário "O desejo e as margens do poder" (Funarte, 2012)



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